Foto: Ascom/PMAB

Praticamente escondida entre as já conhecidas praias da Foca e Ferradura, a Ponta da Lagoinha é um refúgio do agito buziano moderno. Sua beleza se deve às formações rochosas do local, que criam o ambiente perfeito para piscinas naturais cristalinas.

Por não ser tão conhecido dos turistas, há possibilidade de o local estar deserto até na alta temporada. Fica a dica para apreciar o pôr do sol de lá, que tem um ângulo privilegiado do poente paradisíaco, além da vista da praia do Forno e das ilhas Ancora, Gravatás e Ilhotes.

Por que Himalaia brasileiro?

Esse codinome não é à toa: os estudiosos chamam a região da Ponta da Lagoinha dessa forma pois sua formação geológica data de mais de 600 milhões de anos, cercada por rochas escarpadas em camadas, numa inclinação de 20 graus, exatamente como a grande cordilheira Himalaia da Ásia.

Segundo especialistas, essas rochas faziam parte de uma cadeia de montanhas há 520 milhões de anos, quando houve a colisão de massas que formaram o paleocontinente Gondwana, semelhante ao que ocorre no Himalaia. Ele conta, ainda, com minérios como ferro, magnésio e cálcio.

A preservação desse local é tão importante que a Ponta da Lagoinha foi tombada em 2003 pelo governo estadual do Rio de Janeiro.

Para chegar lá, é preciso acessar a primeira esquerda após a praia da Foca (vindo da praia do Forno). Se você estiver indo pela Ferradura, a ponta fica logo depois da pousada Pedra da Laguna. O local não possui muita sinalização, por isso, invista em um guia turístico no seu passeio. Leve protetor solar, água e comida leve, e claro, leve todo seu lixo embora com você!