Esta semana vamos celebrar o Cinema Brasileiro, a sétima arte! Aquela que nos transporta para a grande tela, onde há um mundo de possibilidades!

O cinema, no mundo, teve início em dezembro de 1895, na cidade de Paris. A película exibida foi Saída dos Trabalhadores da Fábrica Lumière, dos irmãos Lumiére. Contudo, o dia 19 de Junho foi escolhido para comemorar o Dia do Cinema Brasileiro, devido ao primeiro registro cinematográfico em território nacional: Imagens da Baía de Guanabara, feitas pelo italiano Afonso Segreto, que frequentava o curso de operação de cinematógrafo e estava a bordo do navio Brésil, vindo de Bordeaux, na França.

Quando tudo começou o cinema era mudo, quem nunca viu as cenas clássicas do genial Charles Chaplin? Somente na década de 1930 é que surgiu o cinema falado.


Cena do Filme “Dia de Cachorro”
de Charles Chaplin de 1918.

 

 

 

 

 

 

Na década de 30 foi criado o primeiro grande estúdio cinematográfico no Brasil: a “Cinédia” e já nos anos 40 surgiram os famosos gêneros das “chanchadas”, filmes cômicos-musicais de baixo orçamento.

Esse estilo despontou juntamente com a companhia de cinema Atlântida Cinematográfica, fundada em 18 de setembro de 1941 no Rio de Janeiro por Moacyr Fenelon e José Carlos Burle.

 

Os principais atores da Atlântida foram Oscarito, Grande Otelo e Anselmo Duarte. Em 1949 foi criado o estúdio Vera Cruz, inspirado no cinema americano. Mazzaropi foi o artista de maior sucesso e imortalizou o personagem Jeca Tatu, criado pelo escritor Monteiro Lobato como o protótipo do caipira brasileiro, com inúmeros filmes que nos fazem rir até hoje.


Um dos mais populares do cinema brasileiro,
Mazzaropi, interpretando o personagem Jeca Tatu.

 

 

 

 

 

 

 

A Vera Cruz representou um marco na industrialização da cinematografia nacional, destaque para o filme O Cangaceiro (1953), o primeiro filme brasileiro a ganhar o festival de Cannes.


Cartaz e sinopse de O cangaceiro (1953),
de Lima Barreto

 

 

 

 

 

 

 

Em 1954, surge o primeiro filme brasileiro a cores: Destino em Apuros, de Ernesto Remanie e, na mesma década, a primeira emissora de TV no país, a Tupi e muitos atores, que faziam parte dos estúdios da já falida Vera Cruz, foram atuar na Televisão.

Entre os anos 50 e 60 nasce o Cinema Novo, período de muitas transformações sociais e políticas. Destaque para os icônicos filmes do cineasta baiano Glauber Rocha: Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964) e O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro (1968).

 

E é bem na década de 60 que esta aldeia de pescadores, até então, desconhecida, foi palco da presença avassaladora de uma das maiores damas do cinema mundial: Brigitte Bardot, que passou alguns dias por aqui para fugir dos paparazzi e , após sua visita, colocou Búzios nos holofotes do mundo e por que não da sétima arte?


Capa do filme “…E Deus Criou A Mulher”
estrelado em 1956 por B.B

 

 

 

 

 

 

 

Inclusive um dos locais mais apaixonantes do balneário é o charmoso Gran Cine Bardot, fundado e administrado desde 1990 pelo cinéfilo Mario José Paz, o espaço conta com um acervo gigante com mais de seis mil obras na sua coleção de filmes, e claro, é mais uma belíssima homenagem a musa francesa.


O Gran Cine Bardot fica na Travessa dos Pescadores, pertinho da Orla Bardot.

Búzios já foi cenário de muitos longas metragens como: “Muita Calma Nessa Hora”. Direção de Felipe Joffily, lançado em outubro de 2010, o longa é um sucesso até hoje!

A história se passa entre as amigas: Tita, Mari e Aninha que vem passar um fim de semana em Búzios com o encontro de alguns personagens e seus dramas pessoais, elas passam por diversas situações engraçadas na cidade! Locações como: Praia de Geribá, Tucuns, Manguinhos, Forno e Claro, Rua das Pedras estão na película.

O filme fez tanto sucesso que a sequência do longa: “Muita Calma Nessa Hora 2” teve seu lançamento em 2014.


Cena das amigas no filme “Muita Calma Nessa Hora”

 

 

 

 

 

 

 

Palco também da gravação de muitas novelas, principalmente as de Manoel Carlos e suas personagens marcantes, como Helena de “Viver a Vida”.

No ano de 2011, “Desenrola”, o filme de temática adolescente dirigido por Rosane Swatman, movimentou as praias de Geribá e a menos conhecida José Gonçalves.

Agora, o mais recente fenômeno de bilheteria nacional: “Minha Mãe é uma Peça 3” se tornou o filme com maior arrecadação do cinema nacional.

O terceiro filme de Paulo Gustavo como a divertida Dona Hermínia estreou em 26 de dezembro de 2020 e arrecadou R$ 138 milhões em quatro semanas de exibição, o terceiro longa foi o mais assistido da trilogia, somando 11,5 milhões de espectadores.

Neste filme, Dona Hermínia se vê com o ninho vazio, pois seus filhos estão formando novas famílias: Marcelina (Mariana Xavier) está grávida e Juliano (Rodrigo Pandolfo) vai casar. Além disso, ela terá que lidar com a volta do ex-marido, Carlos Alberto (Herson Capri).


Cena de D. Hermínia e as amigas em “Minha Mãe É Uma Peça 3”

As cenas do casamento do filho de Dona Hermínia, protagonizado pelo inesquecível Paulo Gustavo foram gravadas em Búzios e nos deixam cheios de orgulho e com uma imensa saudade deste genial artista brasileiro, um gigante dos palcos, da TV e principalmente do Cinema Nacional.