No dia internacional da mulher é bom lembrar que elas não são propriedade de ninguém – além de si mesmas.

(crédito foto: Arquivo/Agencia Meridional)

Um caso marcante, ocorrido em Búzios na década de 70, e que virou um marco do movimento feminista, foi o assassinato da bela Ângela Diniz, deixando claro a mensagem de que esse comportamento covarde, não cabe mais em nenhuma sociedade.

A trágica morte da socialite mineira, assassinada a tiros por seu companheiro, o empresário Raul Fernando do Amaral Street, o Doca Street, na Praia dos Ossos, em Búzios, já completou 45 anos.

A Pantera de Minas, apelido dado pelo colunista social Ibrahim Sued, foi casada com Milton Villas Boas, de uma tradicional família mineira, e era mãe de três filhos.

O relacionamento com Doca Street começou em setembro de 1976, durante uma festa na casa dele, em São Paulo. O casal vivia junto há três meses quando ocorreu o assassinato. Depois de uma discussão na praia, motivada por ciúmes, num potencial triângulo amoroso envolvendo a alemã Gabrielle Dayer, Ângela rompeu o relacionamento com Doca Street e o expulsou da casa de veraneio onde estavam. De volta, algum tempo depois, o playboy disparou quatro tiros na companheira de 32 anos.

Ele foi julgado e condenado em primeira instância a pena de um ano e seis meses, e respondeu em liberdade. A defesa de Doca se fez valer da tese de crime passional, praticado em legítima defesa da honra, o que fez mobilizar movimentos feministas a se organizarem, e sob os gritos de “Quem ama não mata!”, que se tornou o slogan da campanha contra o feminicídio, mobilizaram todo o país, o que resultou na condenação do réu por 15 anos de prisão em regime fechado, após o reconhecimento do homicídio doloso qualificado, representando um marco para o movimento.

Hoje, no dia internacional da mulher, celebramos e reconhecemos a importância delas para a sociedade, que assim como essa cidade encantadora, inspiram o amor, e como tudo que emana esse sentimento, deve ser valorizado, preservado e admirado!

Parabéns mulher, que mesmo em “sua incalculável imperfeição constitui a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação…”*

 

*extraído do poema “Receita de Mulher”, de Vinicius de Moraes

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